54920604910_570aebe47a_o

Finalistas da última Superliga, Cruzeiro e Campinas estão em grupos opostos no Mundial (Foto: Agência i7/Sada Cruzeiro)

Contando com três participantes brasileiros e tendo a Arena Guilherme Paraense, o Mangueirinho, como sede, o Campeonato Mundial Masculino de Clubes 2025 terá início nesta terça, em Belém (PA).

Representado por Sada Cruzeiro, Praia Clube e Vôlei Renata Campinas, o Brasil tem o maior número de participantes na edição deste ano do torneio, que também contará com o italiano Sir Sicoma Monini Perugia, o polonês Aluron CMC Warta Zawiercie, o japonês Osaka Bluteon, o líbio Swehly Sports Club e o catari Al-Rayyan Sports Club.

  • Assista o Mundial de Clubes ao vivo na VBTV

A primeira fase da competição tem os oito times divididos em duas chaves de quatro. Três rodadas serão realizadas entre terça e quinta, com cada time enfrentando cada um dos adversários do próprio grupo uma vez. Os dois melhores de cada chave participam das semifinais, no sábado, e das disputas de medalha, no domingo.

Mundial de Clubes Masculino - Tabela

Atual campeão mundial, o Sada Cruzeiro encabeça o Grupo B, que conta ainda com Perugia, Osaka e Swehly. O time mineiro participará da partida de abertura do evento, marcada para as 10h de Brasília, quando terá pela frente os asiáticos.

Pentacampeão mundial (2013, 2015, 2016, 2021 e 2024), o Cruzeiro divide o posto de recordista de títulos no evento com o italiano Itas Trentino. O time mineiro participou de todas as edições do torneio desde 2012 e soma outras quatro medalhas (prata em 2012 e 2019 e bronze em 2017 e 2022) em 12 edições, totalizando nove idas ao pódio.

Melhor jogador da última edição do Mundial, o oposto Wallace segue lesionado e está fora do Mundial. Sem ele, o Cruzeiro aposta no oposto Oppenkoski, que vive grande fase, para liderar o sistema ofensivo da equipe ao lado dos campeões Olímpicos Lucão e Douglas Souza.

"Sabemos da responsabilidade de sermos os atuais campeões, mas encaramos isso como motivação," disse Lucão. "O nível do Mundial é muito alto e a gente sabe das dificuldades que a gente vai enfrentar. Temos que aproveitar esse momento de crescimento da equipe. Todos os times são fortes, e é importante começar bem e crescer ao longo do torneio."

Campinas e Praia serão adversários no Grupo A, que conta ainda com Warta Zawiercie e Al-Rayyan. Na primeira rodada, os mineiros jogam contra o time do Catar às 17h e os paulistas enfrentam a equipe polonesa às 20h30.

Atual líder da Supeliga, o Campinas disputa o Mundial pela segunda vez, tendo ficado em sexto na estreia, em 2022. Liderado pelo campeão Olímpico Bruno, o time paulista conta com nomes como o ponteiro Maurício Borges, também campeão Olímpico, e o oposto argentino Bruno Lima para passar de fase em Belém.

"São três jogos, um mais importante que outro, não vamos dar preferência a nenhum dos três," explicou o técnico Horacio Dileo. "Temos que centrar nossa atenção em cada bola do jogo. Acho que estamos prontos para isso. Desfrutando dessa possibilidade maravilhosa de jogar um Mundial e comemorando ter terminado em primeiro lugar no turno da Superliga pela primeira vez na história do projeto."

Para o Praia, a participação no Mundial em 2025 marcará a segunda vez seguida que a equipe de Uberlândia (MG) compete com os melhores times do mundo. Em 2024, quando sediou o evento, o Praia terminou em oitavo lugar.

Entre os destaques do time comandado pelo técnico Fabiano Ribeiro, o Magoo, estão experiente central Isac, o oposto Franco e o ponteiro Lucas Lóh.

Belém será a quinta cidade brasileira a receber o Mundial Masculino, juntando-se a São Paulo (1991), Betim (2013, 2015, 2016, 2019, 2021 e 2022), Belo Horizonte (2014) e Uberlândia (2024). Em 19 edições, os times brasileiros somam 13 medalhas, com cinco ouros, cinco pratas e três bronzes.

Os adversários

Atual campeão europeu, o Perugia faz sua terceira participação no Mundial e levou o título nas duas primeiras, vencendo em 2022 e 2023. Liderado pelo levantador e capitão da seleção italiana Simone Giannelli, o time italiano conta com outras estrelas de primeira grandeza do voleibol mundial, como o capitão da seleção japonesa Yuki Ishikawa e o ponteiro polonês Kamil Semeniuk.

Derrotado pelo Perugia na final da Liga dos Campeões da Europa, o Warta Zawiercie disputa o Mundial pela primeira vez. Treinado pelo ex-jogador Michał Winiarski, que também é técnico da seleção alemã, o time conta com o ponteiro americano medalhista Olímpico Aaron Russell, o central polonês medalhista Olímpico Mateusz Bieniek e o ponteiro polonês campeão mundial Bartosz Kwolek em seu elenco.

Atual campeão asiático, o Al-Rayyan retorna depois de seis anos para fazer sua quarta participação no evento - o time catari foi vice-campeão em 2014, ficou em quarto lugar em 2019 e quinto em 2012. Treinado pelo brasileiro Sérgio Cunha, que dirige times no Oriente Médio desde 2020, o Al-Rayyan tem seis jogadores que representaram o Qatar na última edição do Campeonato Mundial, em agosto, entre eles os centrais Belal Abunabot e Papemaguette Diagne e o líbero Sulaiman Saad.

Vice-campeão da Ásia, o Osaka esteve no Mundial em 2013, quando se chamava Panasonic Panthers, e terminou em quinto lugar. Dirigido pelo ex-jogador finlandês Tuomas Sammelvuo, o time conta com destaques da seleção japonesa, como o oposto Yuji Nishida, e estrelas do cenário internacional, com o levantador francês bicampeão Olímpico Antoine Brizard e o ponteiro cubano Miguel Ángel López, ex-Sada Cruzeiro.

Completando a lista de participantes, o Swehly será o primeiro clube líbio a disputar o Mundial, após ter vencido o Campeonato Africano na temporada 2024-2025. A base do time é formada por jogadores locais, mas o Swehly também conta com alguns egípcios, como o veterano oposto Ahmed Salah, de 41 anos, o levantador Abdallah Abdalsalam e o ponteiro Ahmed Shafik.

Instagram Volleyball World Brasil