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Campeão mundial em 2012, Osasco está de volta ao torneio depois de oito anos (Foto: Carolina Oliveira/Osasco)

Representantes brasileiros no Campeonato Mundial de Clubes Feminino 2025, Osasco São Cristovão Saúde e Dentil Praia Clube estreiam nesta terça na competição, que será disputada em São Paulo.

Entre terça e domingo, os gigantes brasileiros competirão com os italianos Prosecco DOC Imoco Conegliano e Savino Del Bene Scandicci, o peruano Club Alianza Lima, o egípcio Zamalek Sporting Club, o cazaque Zhetysu VC e o americano Orlando Valkyries pelo título do torneio, que tem a Mercado Livre Arena Pacaembu na capital paulista como sede.

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Os oito times participantes foram divididos em duas chaves e enfrentarão os rivais dentro dos próprios grupos entre terça e quinta. Após um dia de descanso na sexta, os dois melhores times de cada grupo disputam as semifinais no sábado. A final e a disputa de terceiro lugar estão marcadas para domingo.

Mundial de Clubes Feminino - Tabela

Anfitrião da competição, o Osasco está no Grupo A, ao lado de Alianza, Scandicci e Zhetysu. A estreia será contra as peruanas, no jogo que fechará a rodada de terça, marcado para as 20h30 de Brasília.

Terceiro colocado na Superliga, o Osasco já venceu o Mundial, tendo conquistado o ouro em 2012. Participando pela primeira vez desde 2017, o time paulista irá disputar o torneio pela sexta vez e soma quatro medalhas nas participações anteriores, levando o ouro em 2012, a prata em 2010 e 2014 e o bronze em 2011.

Remanescente do time campeão mundial de 2012, a líbero Camila Brait é uma das estrelas do Osasco, que também conta com as americanas Jenna Gray (levantadora) e Caitie Bird (ponteira), a oposta argentina Bianca Cugno e a ponteira Maiara Basso entre suas principais jogadoras.

"A torcida pode ter certeza de que garra e vontade de vencer não irão faltar," garantiu Brait.

Dividindo o Grupo B com Conegliano, Orlando e Zamalek, o Praia estará em quadra no jogo de abertura do Mundial, enfrentando o time egípcio às 10h.

Quarta colocada em 2024, a equipe mineira faz sua sétima participação desde a estreia, em 2018, e ficou três vezes em quarto (2018, 2023 e 2024), duas em quinto (2021 e 2022) e uma em sexto (2019).

Ainda desfalcado da medalhista Olímpica Carol Gattaz, que se recupera de lesão no joelho, o Praia conta com um elenco experiente, liderado pela central campeã Olímpica Adenízia, pelas medalhistas Olímpicas Macris (levantadora) e Natinha (líbero) e pela ponteira americana Payton Caffrey.

A edição 2025 marcará a terceira vez que o Brasil receberá o Mundial de Clubes, e a primeira desde 1994. Em 17 edições, os times do país somam 13 medalhas, com três ouros, sete pratas e três bronzes.

Os adversários

Atual campeão mundial, o Conegliano soma três títulos (2019, 2022 e 2024) na competição e busca esse ano o quarto, que faria da equipe, que se classificou pela conquista do título europeu, a recordista de vitórias ao lado do turco VakifBank Istanbul. Liderado pela capitã da seleção brasileira Gabi, o time italiano conta com outras estrelas de primeira grandeza do voleibol internacional, como a líbero italiana Monica De Gennaro e a oposta sueca Isabelle Haak.

"Estou muito feliz por poder jogar o Mundial no Brasil," disse Gabi. "Muitos familiares e amigos já me viram jogar no país com a camisa da seleção brasileira, e agora poderão assistir a alguns jogos pelo Conegliano. Nosso objetivo é o mesmo de sempre: vencer. Mas acho que esse ano será mais difícil que 2024. O Scandicci é um rival de muita qualidade e que conhecemos bem. Os times brasileiros sempre chegam bem preparados e contam com o apoio da torcida. E as outras equipes vêm de países onde o voleibol está crescendo e podem ser perigosas. Sei que a atmosfera será incrível e estou muito animada."

Vice-campeão europeu, o Scandicci disputa o Mundial pela primeira vez. Ex-time da central brasileira Carol, a equipe italiana conta com a oposta campeã Olímpica Ekaterina Antropova como principal destaque e tem ainda a veterana levantadora sérvia Maja Ognjenović e a líbero dominicana Brenda Castillo, que passou pelo SESI Vôlei Bauru.

Representante da África, o Zamalek retorna ao Mundial depois de ficar em sétimo lugar na edição passada. Tricampeão continental, o Zamalek manteve nomes como a oposta Eassa Toqaallah e a líbero Icel Nadim, e contratou a ponteira croata Matea Magdić, que tem passagens por diversas ligas europeias.

O Alianza, que ficou em segundo lugar no Campeonato Sul-Americano, perdendo a final para o Praia, será o primeiro time peruano a participar do Mundial. A equipe conta com duas jogadoras que passaram pelo voleibol brasileiro - a levantadora colombiana María Alejandra Marín, que defendeu São José dos Pinhais, São Caetano e Curitiba, e a ponteira argentina Elina Rodríguez, ex-Barueri e Fluminense - e a líbero Esmeralda Sánchez, melhor da posição no Sul-Americano.

Campeão asiático, o Zhetysu é outro estreante na edição de 2025 do Mundial. O time cazaque, no entanto, conta com algumas jogadoras que representaram o rival Altay VC na edição de 2020 do torneio, como a central Kristina Anikonova, a líbero Madina Beket e a ponteira russa Kristina Belova.

Campeão da Major League Volleyball americana, o Orlando foi convidado pela FIVB depois de diversos times asiáticos não poderem confirmar presença para ocupar a segunda vaga destinada ao continente. Criado apenas em 2023, o time tem como destaques a líbero sérvia bicampeã mundial Teodora Pušić, a oposta porto-riquenha Brittany Abercrombie e a central Kazmiere Brown.

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