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Oposto Darlan é umas das principais peças da seleção brasileira

A seleção brasileira masculina inicia nesta semana, no Rio de Janeiro, uma nova fase na abertura da Liga das Nações de Vôlei (VNL) 2025, primeiro torneio disputado pela equipe após os Jogos Olímpicos de Paris.

O time treinado pelo técnico Bernardinho conta com o apoio da torcida no Ginásio do Maracanãzinho para iniciar a caminhada com o pé direito, tendo pela frente duelos com Irã, Cuba, Ucrânia e Eslovênia entre quarta e domingo. Os Estados Unidos também fazem parte do Grupo 2, mas não jogarão contra o Brasil nesta semana.

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Campeão da VNL em 2021, na terceira edição do torneio, o Brasil não voltou ao pódio deste então, caindo nas quartas-de-final nas três últimas temporadas. A equipe está em sétimo lugar no ranking mundial.

O fim do ciclo Olímpico de Paris promoveu mudanças significativas na seleção brasileira, que não conta mais com o levantador Bruno, que representou o país nas últimas cinco Olimpíadas, o central Lucão, que esteve nas últimas quatro, e o ponteiro Leal e o líbero Thales, que foram a Tóquio e Paris.

Com isso, em 2025, o Brasil apostará na base formada pelo levantador Cachopa, o oposto Darlan, o central Flavio e o ponteiro Lucarelli, que fica fora na primeira semana em recuperação de uma lesão no ombro, para integrar caras novas e encontrar uma nova identidade na temporada. Alguns jogadores que já faziam parte da equipe nas últimas temporadas devem ganhar maior protagonismo, casos dos ponteiros Adriano e Lukas Bergmann, do central Judson e do líbero Maique.

"É o começo de um ciclo," disse Bernardinho. "É um novo projeto, onde vamos buscar reconstruir o time. Alguns veteranos deixaram o time e temos muitas caras novas. Estou um pouco ansioso para ver com esse time vai começar nesta semana e como vai lidar com a pressão no Maracanãzinho. Neste primeiro momento, o mais importante é entender onde estamos e identificar onde devemos trabalhar para seguir progredindo. Temos que tirar lições de cada resultado que tivermos aqui para seguirmos construindo rumo a Los Angeles 2028."

No Maracanãzinho, a seleção terá o apoio da torcida e contará também com as boas memórias do palco de algumas das maiores conquistas da equipe na última década, como a vitória nos Jogos Olímpicos Rio 2016 e a classificação a Paris 2024.

"Jogar no Maracanãzinho na primeira semana da VNL é muito imporante para nós," disse Flavio, que será o capitão da seleção brasileira no Rio de Janeiro. "Iniciar esse novo ciclo em casa, diante da nossa torcida, que vai lotar o Maracanãzinho, será uma grande experiência. É o começo de um novo sonho para nós. Estamos construindo um novo time e poder iniciar esse processo em casa é muito positivo."

VNL 2025 – Tabela de Jogos

A estreia brasileira na VNL 2025 será diante do Irã, na quarta-feira, às 17h30 de Brasília. No dia seguinte, no mesmo horário, o time terá pela frente a seleção cubana. Depois de folgarem na sexta, os comandados de Bernardinho jogarão pela manhã no final de semana, enfrentando a estreante Ucrânia, no sábado, e a Eslovênia, no domingo, às 10h.

Os adversários

Primeiro adversário do Brasil na VNL 2025, o Irã ocupa a 15ª posição no ranking mundial. Depois de ter o brasileiro Mauricio Paes como técnico na temporada passada, a seleção asiática agora conta com o italiano Roberto Piazza no banco de reservas. O levantador Javad Karimi, que defendeu o Minas na última edição da Superliga, é o capitão do time, que tem no oposto Amin Esmaeilnezhad e no ponteiro Amirhossein Esfandiar suas principais armas ofensivas.

Décima-segunda colocada no ranking mundial, a seleção de Cuba obteve ótimos resultados no Rio de Janeiro na VNL 2024, batendo inclusive o Brasil. Comandada pelo ex-jogador Jesús Cruz, a equipe terá no Rio alguns jogadores com passagem pelo voleibol brasileiro, entre eles o ponteiro Miguel Ángel López, ex-Sada Cruzeiro, e o oposto Yordan Bisset, que passou pelo Minas, pela Apan e pelo Joinville. O ponteiro Marlon Yant e o central Javier Concepción também estarão em ação nesta semana.

Estreante na VNL, a Ucrânia atualmente ocupa a 14ª posição no ranking mundial. Treinada pelo experiente argentino Raúl Lozano, a equipe perdeu seu principal jogador, o ponteiro Oleh Plotnytskyi, que anunciou sua aposentadoria da seleção na temporada passada aos 27 anos. A equipe europeia tem média de altura bastante elevada, com destaque para os centrais Maksym Drozd e Yuriy Semenyuk, de 2,10m.

Última adversária do Brasil no Rio, a Eslovênia disputou as Olimpíadas pela primeira vez no ano passado e chegou às quartas-de-final em Paris. Treinada pelo italiano Fabio Soli, a equipe vive ótimo momento e está em quarto lugar no ranking mundial. O ponteiro e capitão Tine Urnaut, o oposto Tonček Štern e o líbero Jani Kovačič estão entre os principais destaques eslovenos.

Outros grupos

A VNL tem um novo formato de disputa em 2025, contando com 18 seleções ao invés de 16. Com isso, a cada semana da Fase de Classificação, as equipes serão divididas em três grupos de seis. Ao fim das três semanas, as sete seleções mais bem colocadas se juntam à China, país-sede, nas Finais, que acontecerão entre os dias 30 de julho e três de agosto, em Ningbo.

Na primeira semana, além do Rio de Janeiro, também receberão partidas da competição a cidade chinesa e Xi’an e a cidade canadense de Quebec. Além da China, jogarão em Xi’an as seleções de Holanda, Japão, Polônia, Sérvia e Turquia, enquanto Canadá, Alemanha, Argentina, Bulgária, França e Itália vão à quadra em Quebec.

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