Brasil não segura a Itália e fica com a prata

A busca do Brasil pelo primeiro título da Liga das Nações de Vôlei (VNL) continua. A equipe chegou à decisão da edição 2025 da competição, em Łódź, na Polônia, e esteve perto de levar o ouro pela quarta vez, mas não conseguiu conter a campeã Olímpica Itália, que conquistou seu terceiro título na competição, o segundo de forma consecutiva.

A seleção mostrou força, derrotou as italianas no primeiro set da final, mas não conseguiu manter o ritmo e viu as líderes do Ranking Mundial usarem a força de seu banco para virar o placar e vencer a decisão por 3 a 1 (22-25, 25-18, 25-22, 25-22) no domingo, na Atlas Arena.

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Única seleção feminina a ter disputado quatro finais da VNL nas sete primeiras edições da competição, o Brasil tem quatro pratas (2019, 2021, 2022 e 2025) e é a primeira equipe a subir ao pódio quatro vezes. Campeã também em 2022 e 2024, a Itália iguala os Estados Unidos, que levaram o título em 2018, 2019 e 2021, como tricampeã.

O Brasil iniciou a final da VNL com a levantadora Macris, a oposta Rosamaria, as ponteiras Gabi e Julia Bergmann, as centrais Diana e Julia Kudiess e a líbero Marcelle. Durante o jogo, o técnico Zé Roberto Guimarães também utilizou a levantadora Roberta, as opostas Kisy e Jheovana e a ponteira Helena.

A capitã Gabi foi a principal pontuadora brasileira na decisão – a ponteira anotou 15 pontos, com dez ataques, quatro bloqueios e um ace. Julia Kudiess também foi bem, chegando a 12 pontos, com sete ataques e cinco bloqueios. Julia Bergmann (11), Diana (9), Rosamaria (5), Kisy (4), Helena (2) e Roberta (1) também pontuaram.

“Sabíamos que não seria fácil,” disse Gabi. “Hoje elas mostraram a força do conjunto do time. Conseguimos marcar bem a Egonu em alguns momentos e colocar a Sylla em dificuldade no passe, mas elas encontraram boas alternativas. Hoje vimos que podemos ganhar delas, mas que para isso precisamos ter mais lucidez e consistência para aproveitar as oportunidades. Elas estão em um ótimo momento e fazer um bom jogo não é suficiente para ganhar. Mas essa derrota na final não apaga a ótima campanha que fizemos e não podemos deixar de destacar as meninas mais novas que assumiram papeis importantes no time.”

Uma das jovens mencionadas por Gabi, a líbero Marcelle, de 23 anos, ganhou a vaga no time titular durante a terceira semana da Fase de Classificação e obteve 11 defesas e sete passes na final.

“Foi a minha primeira VNL e foi incrível jogar com esse time e representar o Brasil,” disse a defensora. “Não foi o resultado que queríamos, mas não faltou entrega e dedicação. A Itália é um adversário muito forte e demos o nosso máximo. Recebi muito apoio de todos da seleção e isso foi essencial para mim. Tenho um sentimento de gratidão por estar vivendo isso e espero que seja só o começo.”

A oposta Ekaterina Antropova, que começou no banco e substituiu a estrela Paola Egonu, foi a maior pontuadora da final em Łódź, com 18 pontos (13 ataques, quatro bloqueios e um ace). A ponteira Myriam Sylla fez 16, com 13 ataques e três bloqueios.

As italianas superaram as brasileiras em pontos de ataque (58 a 45), bloqueio (14 a 12) e aces (três a dois) na decisão. O Brasil, no entanto, cometeu menos erros que as europeias (22 a 28).

VNL 2025 – Resultados

Mais cedo, na disputa de terceiro lugar, a dona da casa Polônia bateu o Japão por 3 a 1 (25-15, 24-26, 25-16, 25-23) e conquistou a medalha de bronze da VNL pelo terceiro ano seguido.

O Brasil agora volta suas atenções para a disputa do Campeonato Mundial, que será realizado entre os dias 22 de agosto e sete de setembro, na Tailândia. A seleção buscará o título inédito da competição.

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